sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Os vulcões

Estamos em Malang. É uma cidade onde o nível de vida dos locais é algo superior ao das cidades anteriores. O número de quarteis e instalações militares abundam na zona onde ficamos alojados. O hotel Kartika Kusuma é cercado de belissimos jardins floridos cuidadosamente tratados.
Ao lado fica o Java Dance café onde se pode tomar café expresso (que não abunda por cá) e segundo a Bita, comer um Tiramisu divinal. No dia 20 festejaram o Merdeka Day (dia da liberdade).
Os generais de bigode são os reis da festa. Marchas, desfiles, canticos mas isso não nos interessa mas sim os lindos nenúfares floridos da do lago da praça central.
No dia seguinte visitamos a feira dos animais. Há de tudo desde passaros, macacos e serpentes. Conhecemos Dwi  Suhartini que tem uma loja de pássaros e queixou das dificuldades que o povo vive e da corrupção.
Na agencia do hotel Helix contratamos um tour aos vulcões. Já não voltaremos a Malang. O tour inclui a passagem de ferry até Gillimanuk na ilha Bali. Partimos pouco depois da meia-noite e seguimos a estrada serpenteando através de plantações de chá até Tosart e dai para o topo do monte Penanjakan (2770 m), o ponto de observação do nascer do sol.
 O grupo ia crescendo e pelas 5 horas ja eramos cerca de 20. Apesar dos agasalhos o frio era tanto e a sensibilidade nos dedos era tão reduzida que se tornava dificil usar a maquina fotografica, mas, quando o sol apareceu atrás do recorte montanhoso isso deixou de ser um problema.
No lado oposto tinhamos o vulcão Bromo (2392 m) a cerca de 7 km e mais distante à esquerda o Semaru (3676 m). De quando em quando explosões manifestam-se por bolas fumo iluminadas pelo alaranjado da aurora. Depois descemos a pé sobre a espessa camada de cinza vulcânica até ao ponto de apoio, tomamos o jipe que nos transportou sobre o "plateu" vulcanico que mais parece uma paisagem lunar até perto da base do vulcão.
A Bita contratou um burro, a Mina fez o percurso a pé e eu usei ambos os meios. Para percorrer os metros finais existe uma escada com 300 degraus.
Mesmo no perfil da cratera a sensação de ouvir os ruidos da erupção e ver a lufada de fumos que se projecta na vertical é extraordinária. Alguns lançam ramos de flores na cratera, possivelmente algum ritual antigo. Retomamos o Land Rover e depois o mini bus para a praia de Pasir Putih onde almoçamos e seguimos para a Catimor Homestay em Bondwoso, uma antiga roça holandesa de café transformada em estalagem para viajantes onde chegamos já noite cerrada.
Manhã cedo partimos para o vulcão Ijen. Paramos em Sempol e subimos a encosta ingreme do Ijen. Ate pareceria mal queixarmo-nos do esforço da subida quando em sentido contrário passam os garimpeiros do enxofre carregados alguns com até 90 kg divididos por duas cestas presas na extremidade de uma vara, ofegantes e suados.
Um deles Ati disse que fazia em média 3 viagens por dia e recebia cerca de 50.000 rupias por viagem (4,5 euros). A paisagem é bonita e variada visto que a subida contorna o vulcão quase em 360 graus e os tons e as cores mudam de acordo com a posição solar.
A vegetação vai do verde luxuriante da base até aos ramos retorcidos, secos e queimados no topo.
Em Malang almoçamos num dos mais interessantes restaurantes, o Museum Restaurant. Os menus eram excelentes e houve quem voltasse a andar a cavalo...
O nosso "chauffeur" e guia levou-nos até ao extremo oriental da ilha de Java e atravessamos de ferry para Gillimanuk, Bali.
Os proximos dias serão passados em Kuta e Ubud...

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