domingo, 28 de agosto de 2011

As cores e as flores

Quando se visita um país tropical as flores são uma das vivências mais marcantes.  Na indonésia tal como noutros paises do oriente costumam decorar a entrada dos warung (restaurantes) com tinas de de água decoradas a primor com flores flutuantes. Isto porque as flores abundam, porque as cultivam e em suma porque gostam de flores.  
Gostam tanto que até lhes dedicam um dia nacional - o dia 5 de Novembro é o dia das flores
As plumérias, apesar de originarias da America Central são das que mais chamam a atenção pois estão por todo o lado e nesta altura do ano os arbustos tem muitas flores e poucas folhas. Vamos a ver se as estacas que trouxe pegam.
O ecoturismo pode vir a ser a salvação da indonesia que vive um conflito criado pelo rápido crescimento e a consequente deflorestação pois
actualmente perdem dois milhões de hectares por ano de floresta e inúmeras especies vegetais e animais estão ameaçadas.
O colorido também está nos mercados onde se encontram imensos frutos alguns dos quais raramente comercializados em Portugal.
O fruto cobra, rambutan, mangustão, jaca (nome dado pelos portugueses) e o gigante durian cheio de picos dos mais apreciados pelos indonésios mas cujo odor característico até o proibe de entrar nos transportes públicos em alguns países.
O verde é a cor dominante. É maravilhoso observar os campos de arroz cultivados em terraços.
Nas festas populares ou religiosas os adereços e a decoração utilizada também estão repletos de cor. 

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bikes e macacadas

Na Indonesia alugar uma bicicleta custa 20000 rupias (1,6 euros) por dia. Nao há mesmo desculpa para não andar de bicicleta. O maior problema é mesmo circular no meio de tantos milhares de motoretas. Apesar de tudo encontrei muitos entusiastas da bike entre locais e estrangeiros. Além disso é a melhor forma de conhecer os locais visitados.
Pode-se ir a qualquer ponto inacessivel aos automoveis e estaciona-se onde se quer sem problemas. Hoje percorri diversos locais de Ubud e fiz um trajecto de 14km com um grupo de 15 bikes ao qual fui convidado a juntar-me.
Depois foi o fim da macacada. Fui até ao Parque Monkey Forrest e larguei a bicicleta por momentos para ver macacos a descascar sementes com o auxilio de uma pedra e depois a esfregarem o fruto na pedra para ficar moido. Quando regressei vi vários macacos muito entretidos a morderem o selim e os punhos do guiador e quase tive de entrar em despesas...

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O dia a dia

Deitar cedo e levantar cedo. A regra algumas vezes cumprida....
Fotografar tudo o que é interessante ...
Traquinices macacais na Sacred Monkey Forest
É difícil olhar para o céu e não ver um papagaio. De todas as cores e feitios - dragões, serpentes, aves, caravelas, dos mais diversos materiais - papel, tecido, nylon. Feitos pelos miúdos na rua ou em ateliers especializados como este. É um "must" visitá-los.
A história do país é bastante rica e por todo o lado há templos e palácios situados em amplos espaços ajardinados onde cada elemento - a água, os lagos, as árvores, as plantas, e as flores tem uma missão - atrair aves, borboletas e agradar ao observador e fazê-lo sentir a paz e a tranquilidade ..
A actividade textil artesanal com teares manuais
Espectáculo que inclui a dança Kecak
O café produzido aqui é considerado um dos melhores mas o mais caro é o kopi luwak (café da doninha) que chega é vendido nos USA a cerca de 1000 dólares o quilo. É produzido através dos grãos excretados pelo animal e que no processo digestivo sofreram a acção das bacterias e enzimas do animal que lhe dão um sabor e aroma únicos.
Este luwak (animal da familia das doninhas) estava numa jaula na esquadra da polícia. Estava a comer uma banana. O facto deste café ser tão procurado e caro e a produção anual da indonésia ser de apenas 230 quilos faz-me crer que a vida destes bichos deve ser um inferno. Felizmente para eles a Universidade da Florida patenteou um processo de laboratorio que produz um café similar sem o envolvimento dos animais e que é vendido a menos de 20 dolares o quilo.
A casa de banho do Neka Art Museum
No wc do Havana Café, decorado com motivos cubanos, encontrei este poster do Che igual ao que trouxe de Amsterdam em 1971 e que já não sei onde pára.
 Este taxi só tem duas rodas mas leva três...
Nas deambulações de bicicleta encontrei esta escultura sugestiva na entrada da maternidade de Ubud
 Oferendas para os deuses.
 Espaço bonito, uma boa banda de Jazz e um jantar excelente. Este é o Ubud Jazz Café, a não perder apesar de ser preciso tomar um taxi pois fica nos arredores.
 Conversa animada sobre a noticia do dia - o anunciado casamento da Duquesa de Alba de 85 anos com um homem muito mais novo.
 O pretexto anunciado são as massagens mas frequentemente por trás está a prostituição
Em Kuta na Legian Street em frente ao monumento a que chamam o "Ground Zero" e que no painel tem o nome das centenas de vítimas dos atentados bombistas de 2002 e 2005 perpetrados por muçulmanos radicais. Um era português Diogo Ribeirinho paraquedista em Timor. Esta jovem muçulmana pediu-me para eu ficar na fotografia com ela. Uma foto cheia de simbolismo positivo...
Os ferrys propulsionado por cinco motores fora de borda são a solução para transformar a viagem de 5,5 horas numa hora entre Bali e Lombok. No regresso viemos neste.

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Os vulcões

Estamos em Malang. É uma cidade onde o nível de vida dos locais é algo superior ao das cidades anteriores. O número de quarteis e instalações militares abundam na zona onde ficamos alojados. O hotel Kartika Kusuma é cercado de belissimos jardins floridos cuidadosamente tratados.
Ao lado fica o Java Dance café onde se pode tomar café expresso (que não abunda por cá) e segundo a Bita, comer um Tiramisu divinal. No dia 20 festejaram o Merdeka Day (dia da liberdade).
Os generais de bigode são os reis da festa. Marchas, desfiles, canticos mas isso não nos interessa mas sim os lindos nenúfares floridos da do lago da praça central.
No dia seguinte visitamos a feira dos animais. Há de tudo desde passaros, macacos e serpentes. Conhecemos Dwi  Suhartini que tem uma loja de pássaros e queixou das dificuldades que o povo vive e da corrupção.
Na agencia do hotel Helix contratamos um tour aos vulcões. Já não voltaremos a Malang. O tour inclui a passagem de ferry até Gillimanuk na ilha Bali. Partimos pouco depois da meia-noite e seguimos a estrada serpenteando através de plantações de chá até Tosart e dai para o topo do monte Penanjakan (2770 m), o ponto de observação do nascer do sol.
 O grupo ia crescendo e pelas 5 horas ja eramos cerca de 20. Apesar dos agasalhos o frio era tanto e a sensibilidade nos dedos era tão reduzida que se tornava dificil usar a maquina fotografica, mas, quando o sol apareceu atrás do recorte montanhoso isso deixou de ser um problema.
No lado oposto tinhamos o vulcão Bromo (2392 m) a cerca de 7 km e mais distante à esquerda o Semaru (3676 m). De quando em quando explosões manifestam-se por bolas fumo iluminadas pelo alaranjado da aurora. Depois descemos a pé sobre a espessa camada de cinza vulcânica até ao ponto de apoio, tomamos o jipe que nos transportou sobre o "plateu" vulcanico que mais parece uma paisagem lunar até perto da base do vulcão.
A Bita contratou um burro, a Mina fez o percurso a pé e eu usei ambos os meios. Para percorrer os metros finais existe uma escada com 300 degraus.
Mesmo no perfil da cratera a sensação de ouvir os ruidos da erupção e ver a lufada de fumos que se projecta na vertical é extraordinária. Alguns lançam ramos de flores na cratera, possivelmente algum ritual antigo. Retomamos o Land Rover e depois o mini bus para a praia de Pasir Putih onde almoçamos e seguimos para a Catimor Homestay em Bondwoso, uma antiga roça holandesa de café transformada em estalagem para viajantes onde chegamos já noite cerrada.
Manhã cedo partimos para o vulcão Ijen. Paramos em Sempol e subimos a encosta ingreme do Ijen. Ate pareceria mal queixarmo-nos do esforço da subida quando em sentido contrário passam os garimpeiros do enxofre carregados alguns com até 90 kg divididos por duas cestas presas na extremidade de uma vara, ofegantes e suados.
Um deles Ati disse que fazia em média 3 viagens por dia e recebia cerca de 50.000 rupias por viagem (4,5 euros). A paisagem é bonita e variada visto que a subida contorna o vulcão quase em 360 graus e os tons e as cores mudam de acordo com a posição solar.
A vegetação vai do verde luxuriante da base até aos ramos retorcidos, secos e queimados no topo.
Em Malang almoçamos num dos mais interessantes restaurantes, o Museum Restaurant. Os menus eram excelentes e houve quem voltasse a andar a cavalo...
O nosso "chauffeur" e guia levou-nos até ao extremo oriental da ilha de Java e atravessamos de ferry para Gillimanuk, Bali.
Os proximos dias serão passados em Kuta e Ubud...

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Yogyakarta (Borobudur e Prambanam)

Deixamos Jakarta de comboio e 800km depois chegamos a Yogyakarta onde ficamos no hotel Metro, edificio do período colonial holandês e com arquitectura, decoração e mobiliário de muito bom gosto.
O objectivo é visitar os grandes icones do patrimonio cultural da região - Borobudur e Prambanam.e lojas e oficinas de batik. Para os primeiros alugamos um minibus e para conhecer a cidade usamos os triciclos a pedal.
Estava um calor terrivel mas valeu a visita a Borobudur...
Borobudur é o templo mais importante e mais visitado da Indonésia. É um templo budista e um lugar de peregrinação. Como a maioria da população da ilha de Java se converteu ao islamismo Borubudur perdeu importancia e entrou em declínio por volta do sec. XIV
Prambanam é um templo indu dedicado a Trimurti (Brahma, Vishnu e Shiva), Apesar de a ilha de Bali ter mais população indu que a ilha de Java, este é o maior templo indu da Indonésia e fica na zona central de Java. O bloco mais alto do complexo tem cerca de 50 metros de altura.
Para adoçar a boca a futuros visitantes algumas indicações sobre restauração: uma refeição num restaurante de qualidade média/superior com o prato, sumo natural de fruta, sobremesa, café e frequentemente música ou dança ao vivo fica por cerca de 65.000 rupias (cerca de 5,3€) e com utilização gratis de wifi, que quase todos disponibilizam.
E como aqui está tudo visto vamos até Malang para mergulhar no mundo dos vulcões.

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